Podemos escrever esta palavra com
minúscula (igreja) ou com maiúscula (Igreja).
Com minúscula (igreja) quando se trata do lugar onde os
cristãos se reúnem (edifício de pedra), e com maiúscula (Igreja) para designar a comunidade de batizados que se junta
nesse lugar.
Há, portanto, uma igreja de
pedra e uma Igreja de pessoas. Dessa Igreja de pessoas só vemos uma pequena
parte, a que está reunida num determinado lugar num determinado momento.
Mas
ela é, na verdade, uma enorme comunidade (infelizmente ainda dividida nos
nossos dias).
Percorreu mais de dois mil anos e está repartida em inúmeras
comunidades mais pequenas disseminadas por todos os continentes mas animadas
por um único Espírito, o de Jesus.
Há estatísticas, datas
históricas, personagens célebres… mas o essencial, como acontece muitas vezes,
não pode ser visto pelos nossos olhos: é um povo animado pela fé num mesmo Pai,
que nos enviou Jesus e que nos dá o seu Espírito.
Dele fazem parte todos os
baptizados, aqueles que hoje vivem e aqueles que já morreram, os santos do
calendário, os santos anónimos e também todos os crentes mais ou menos fiéis e
os maiores pecadores, a quem é sempre oferecido o perdão de Deus.
É uma imensa
caravana a caminho do Reino de Deus.
Tudo começou no Pentecostes,
quando os Apóstolos amedrontados acabaram por abrir as portas para anunciar que
Jesus tinha ressuscitado, depois de terem recebido o Espírito Santo, a força do amor divino.
Desde logo, houve homens e mulheres que mudaram o seu
coração e formaram a primeira comunidade onde tudo era posto em comum.
Era
«como se tivessem uma só alma», como escreve São Lucas nos Actos dos Apóstolos (2, 46). «Vejam como eles se amam!», dizia quem
os observava.
E este é um ideal pelo qual são responsáveis todos os cristãos de
todas as gerações: viveremo no amor e do amor. Viverem em união, em comunhão.
Sem comentários:
Enviar um comentário