John Main, A palavra que leva ao silêncio
1.Sermos restituídos a nós próprios
A oração e a meditação devem
levar-nos a uma relação de criaturas com Deus, nosso Criador.
Primeiro temos de entrar em
contacto connosco, num clima de paz, de serenidade e de harmonia, antes de
podermos apreciar o nosso Deus e Criador que é o autor de toda a harmonia
serenidade.
Primeiro, estar em paz
connosco, para depois estarmos em paz com Deus. A fonte do sossego das nossas
vidas diárias é a vida de Deus dentro de nós. Mas primeiro, temos de decidir se
queremos ou não estar em paz.
O amor de Deus foi derramado
nos nossos corações por meio do Esp Santo que nos habita.
Esta é uma verdade fundamental
da fé Cristã: o Esp Santo está em nós. A nossa fé torna-se tanto mais viva
quanto mais o Esp Santo vivo de Deus habite em nós, dando uma nova vida aos
nossos corpos mortais.
Esta presença misteriosa e
calada de Deus dentro de nós deve tornar-se cada vez mais uma realidade, melhor tornar-se A
realidade nas nossas vidas.
Esta realidade deve dar
significado, forma e finalidade a tudo o que fazemos e tudo o que somos.
Espírito de oração- É uma aprendizagem. Precisamos de nos concentrar e esperar. Tornarmo-nos
conscientes de nós mesmos.
Somos criados por Deus.
Temos uma origem divina. Deus é o nosso Criador que nos cria a cada instante e
é também um Pai que nos ama.
Esta é a verdade de nós
mesmos que precisamos de interiorizar na oração e na meditação.
A nossa vida é mesquinha,
banal, insignificante, aborrecida e entediante quando nos esquecemos desta
verdade: somos filhos adotivos de Deus e fomos redimidos (salvos por Jesus
Cristo); somos templos do Esp Santo.
Na oração profunda,
encontramo-nos a nós mesmos e encontramo-nos com Deus. Só sendo nossos (de nós
mesmos) de uma forma consciente, é que nos podemos dar a Deus.
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