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segunda-feira, 25 de agosto de 2014

DO SOFRIMENTO À PAZ

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O sofrimento põe a pessoa em agonia. 
Eliminando o sofrimento, a pessoa recomeça a viver, a gozar da vida.
O homem novo anunciado pelo evangelho de Jesus Cristo, traz consigo uma reconciliação com o sofrimento, irmanado com a dor, peregrino do amor e da liberdade.
O homem é um ser sofredor, ao contrário dos animais que seguem os seus instintos e têm os problemas resolvidos.
Os animais não sofrem preocupações nem vivem ansiedades. Não têm aborrecimentos ou insatisfação. Não têm problemas. Sentem-se realizados seguindo os seus instintos. 
Não podem ser mais felizes do que já são. 
São felizes de forma inconsciente, sensorialmente.
O homem tem consciência de si mesmo, sabe que sabe, sabe que não sabe e sabe quem é e quem não é.
Este emergir da consciência do homem deu-lhe possibilidades enormes positivas, mas também negativas.
Pela evolução, o Homem rebentou com os laços do instinto e perdeu o “paraíso” de felicidade própria do animal.
O ser humano começou a sentir-se um estranho, longe da sua “pátria”, solitário. Sendo o mesmo, é diferente.
É um ser à parte. Por isso, sentiu-se triste e sentiu que estava só. 
O Homem “evoluído” dos primatas, tem de aprender a “arte” de viver. A evolução é como que um novo nascimento.
Ao tomar consciência de si, o Homem conhece as suas possibilidades, mas também as suas impossibilidades.
Não sabe o que é. Não sabe quem é.
O homem olhou para si mesmo e achou-se um estranho: duas personalidades contraditórias. Era um ser incompreendido e incompreensível para si mesmo.
Começou a perguntar: quem sou eu? De onde venho? Para onde vou? Que fazer comigo mesmo?
Olhando para si mesmo, tomou consciência da morte e chegou à conclusão que tinha nascido para morrer.
Não podia regressar ao paraíso pré-humano.

Tinha de aceitar a sua nova vida, humana, orientada pela razão, pelo pensamento. Tem de trilhar um caminho sem fim em que as novas metas nunca mais acabam.

(Texto de Frei Inácio Larranhaga)

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