Quem é que manda na Igreja?
A palavra «mandar» não é a melhor neste caso!
Os
cristãos, por serem todos filhos de Deus e amigos de Jesus, querem ser irmãos e
irmãs uns dos outros independentemente das fronteiras dos países e das raças.
Por isso, a Igreja não é uma pirâmide, com um cume e uma base, parecendo-se
mais com um círculo onde todos estão em comunhão, uma palavra que o Concílio
Vaticano II (1962 – 1965) utilizou muitas vezes. (Um concílio é uma reunião dos
bispos do Mundo inteiro.)
Jesus disse aos Apóstolos:
«Os reis das nações imperam sobre elas […]. Convosco não deve ser assim; que o
maior entre vós seja como o menor, e aquele que mandar como aquele que serve» (Lucas 22, 25-26). E deu Ele próprio o
exemplo: os discípulos chamavam-Lhe «Mestre», mas Ele lavou-lhes os pés, como
um criado.
Seria mais correto dizer,
portanto, que na comunidade cristã há pastores, ou seja, crentes encarregados
de olhar pelos seus irmãos e irmãs e de estar ao serviço da unidade de todos –
são os bispos, sucessores dos Apóstolos, e os padres e diáconos, que foram
«ordenados» (pelo sacramento da Ordem), ou seja, receberam a imposição das mãos
em sinal do Espírito Santo que lhe é dado para que cumpram a sua missão.
Esse
gesto da imposição das mãos remonta aos Apóstolos e simboliza uma cadeia
ininterrupta que liga a comunidade a Jesus.
Entre os bispos está o de Roma,
sucessor de São Pedro, que olha por toda a Igreja – é o Papa- Elegem-no os cardeais
reunidos em conclave, geralmente depois de ter morrido o Papa anterior.
Se todos os cristãos são
irmãos uns dos outros, então será Deus ou Jesus quem manda? Parece-me mais
correto dizer que a Igreja procura ser uma comunidade onde cada qual, no seu
lugar, se deixa inspirar pelo Espírito Santo.
Sem comentários:
Enviar um comentário