
Cristo que veio (no passado- 2009 anos), Cristo que vem (no presente, no aqui e agora, de forma espiritual) e virá no futuro.
Temos de despertar a consciência para a celebração do Natal de Jesus Cristo, e esse tem de ser devidamente preparado.
Nós, os cristãos, celebramos no Natal o nascimento de Jesus. Infelizmente, desde há uns anos para cá, vimos assistindo a um conjunto de medidas tendentes a paganizarem-no.
A substituírem o Natal de Jesus Cristo pelo natal do pai natal.
E isto acontece, não tanto com a passividade, mas até com a colaboração de indivíduos que se dizem cristãos.
Quando era garoto diziam-me ser o Menino Jesus quem, descendo pela chaminé, pela calada da noite, punha prendinhas no sapato.
Acontece agora, em algumas festas de solidariedade promovidas por instituições ligadas à Igreja, surgir a figura bonacheirona de um pai natal carregadinho de prendas, substituindo uma piedosa mentira por uma mentira comercial.
Que nós, os cristãos, não consintamos na paganização do Natal.
Para nós, não deverá haver outro Natal que não seja o Natal (nascimento) de Jesus. Mistério da ENCARNAÇÃO.
Natal hoje é a recordação histórica do nascimento de Jesus há 2009 anos, mas é também o acontecimento espiritual, sempre actual, de Deus que quer nascer e morar no nosso coração, na nossa alma.
Que, em vez da figura do pai natal, não deixe de haver, em cada lar, uma imagem do Menino Jesus.
Porque não montar também um presépio?
Mas celebrar o Natal de Jesus não é só fazer um presépio.
Jesus veio dizer-nos termos em Deus um Pai que nos ama.
O Natal de Jesus não deve ser, senão, a festa do amor, da fraternidade, do bom entendimento entre os homens: Glória a Deus e Paz na terra aos homens.
O melhor presépio a montar há-de ser no coração de cada um de nós. Por isso a preparação do Natal deverá ser um tempo de reflexão, a que a liturgia da Igreja chama Advento, e principia no primeiro Domingo do Advento, dia 29 de Novembro, este no de 2009.
P. Albano Nogueira