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quarta-feira, 4 de março de 2009

A FÉ QUE SALVA

Consulte o meu outro blog
http://deixadeusentrar.blogspot.com.
albanosousanogueira@sapo.pt.


Neste tempo da quaresma, é preciso insistir que existe a fé que salva e a fé que não salva.
Existe em muitas pessoas a consciência de que basta acreditar em Deus, basta rezar, basta realizar algumas práticas religiosas e a salvação torna-se automática. Neste caso trata-se de entender a religião como uma ligação particular entre mim e Deus para “salvar a minha alminha”, vivendo a religião de forma individualista e isolada, sem querer saber dos outros. A fé é pessoal, individual, mas tem de ser vivida em comunidade. A fé é espiritual e invisível, mas tem de se manifestar na prática religiosa comunitária que é visível.
A forma de entender a fé como algo apenas entre Deus e mim, é uma ideia que não está de acordo com a mensagem total da Bíblia. Esta fé não salva.
Lendo a Bíblia na sua totalidade, e não nos fixando apenas numa ou noutra passagem (como fazem algumas seitas), perceberemos facilmente que a mensagem global da Bíblia é de que a fé que salva implica obras, obras de caridade, obras concretas de amor ao próximo. Por outras palavras, não se pode separar o amor a Deus do amor ao próximo.
Muita gente transformou o cristianismo numa simples religião: palavras, rituais, cerimónias, devoções, sem impacto e consequências nas suas vidas. Ora, o cristianismo é muito mais do que religião. Cristianismo é vida e implica conversão, arrependimento, mudança de vida, transformação de uma vida individualista e egoísta numa vida altruísta e comunitária onde cada um se compromete com o bem comum e faz o bem aos que estão à sua volta, praticando as obras de misericórdia.
Estamos no tempo litúrgico da Quaresma, onde algumas pessoas de preocupem por cumprir as tradições de não comer carne, de rezar mais, de mais piedade e devoção, mas não podemos esquecer o essencial: a caridade, a partilha, a generosidade.
A conversão passa por receber o sacramento da reconciliação (confissão), mas isso tem de ter consequências práticas: mudança de vida. Deixar o mal e ficar com o bem.
Além do arrependimento, da confissão, mudança de vida, outra das práticas penitenciais da Quaresma é a partilha, o contributo ou renúncia quaresmal pelo qual nós repartimos o nosso dinheiro com a diocese, com os mais os mais pobres.
A fé em Deus tem de levar à caridade. Esta é a fé que salva: a fé em Deus manifestada em obras de caridade, de amor desinteressado aos outros. S. Tiago na sua epístola diz-nos que “a fé sem obras está morta” … Jesus disse: “tive fome e não me deste de comer…”. Esta fé não salva.
Meu irmão, não te contentes com uma fé que não salva. Procura viver e ter uma fé que salva, a fé acompanhada de caridade, de obras em favor dos outros.

P. Albano Nogueira

1 comentário:

  1. :-)
    obrigada padre pelas palavras ...

    realmente há que ir alertando os nossos irmãos, para estas "fezadas" nas quais insistem e persistem.

    a par e passo com a nossa própria conversão... pois Jesus convida-nos a dar sempre um pouco mais... cada vez mais... até dar tudo...

    "confesso-lhe" que se há passagem na sagrada escritura que me abriu os olhos para a fé, foi pracisamente essa passagem da epistola de tiago.

    deixo-lhe também o convite de passar no blog do meu grupinho de jovens... e possa assim compartilhar a sua experiência.
    o endereço é o seguinte:
    http://caminhandonaluz.blogspot.com

    a Paz :-)

    Claudia Ferreira

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